A DESASTROSA REFORMA DA SEMANA SANTA

Apresentamos aqui a tradução do estudo do padre Stefano Carusi do Instituto do Bom Pastor (IBP) sobre a reforma da Semana Santa sob o pontificado do Papa Pio XII. Para tal usamos primordialmente a tradução, aparentemente oficial, para o inglês que pode ser lida aqui.

O texto original se encontra aqui.

Tradução por Karlos Guedes.

Nota do tradutor: A importância dessa reforma é primordial porque foi o precônio das reformas que se seguiram até a nova Missa de Paulo VI.

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A reforma da Semana Santa nos anos 1951-1956

 

Entre a liturgia e a teologia através das declarações de alguns dos principais reformadores (Annibale Bugnini, Carlo Braga, Ferdinando Antonelli).

Tornou-se evidente que as fórmulas do Missal Romano deviam ser restauradas e enriquecidas. O mesmo Pontífice [Pio XII] deu início a esta obra, restaurando a Vigília Pascal e o Ordinário da Semana Santa [1], que se tornou assim o primeiro passo para a adaptação do Missal Romano à nova mentalidade do nosso tempo (Paulo VI, Constituição Missale Romanum, 3 de abril de 1969).

Introdução

Nos últimos anos, a publicação de numerosos estudos relacionados com a história do debate teológico-litúrgico dos anos cinquenta lançou nova luz sobre a formação e as intenções, nem sempre abertamente declaradas na época, daqueles que foram os autores reais de alguns textos.

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SEMANA SANTA: VIGÍLIA

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Continuamos a série de traduções dos textos do padre Cekada acerca da Semana Santa (anteriores aqui: Domingo de Ramos, Ofício de Trevas, Quinta-feira Santa, Sexta-feira Santa). Texto original aqui.

Tradução por Karlos Guedes.

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Vigília Pascal de 51 de Bugnini: “Primeiro Passo” para o Novus Ordo

 

OS LEIGOS que frequentam as Missas oferecidas sob os auspícios do Motu Proprio Summorum Pontificum de Bento XVI ou organizações como a Fraternidade São Pio X têm a impressão de que os ritos que vêem ali representam o ápice da tradição litúrgica católica pré-Vaticano II vis-à-vis a Nova Missa de Paulo VI. No caso da Semana Santa, no entanto, essa impressão é falsa, porque esses grupos usam o Missal de 1962. Este Missal incorpora um grande número de mudanças litúrgicas que foram introduzidas na década de 1950 e que preparou o caminho para o Novus Ordo. Continuar lendo

SEMANA SANTA: PAIXÃO

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Continuamos a série de traduções dos textos do padre Cekada acerca da Semana Santa (anteriores aqui: Domingo de Ramos, Ofício de Trevas, Quinta-feira Santa; posterior: Vigília Pascal). Texto original aqui.

Tradução por Karlos Guedes.

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Sexta-feira Santa: Rito Antigo vs. Rito de 1955

 

A SEXTA-FEIRA SANTA originalmente não tinha ofício litúrgico. Nenhuma Missa era celebrada porque, como o Papa Inocêncio I explicou no século V, foi o dia em que “os Apóstolos se esconderam por medo dos judeus”. Continuar lendo

SEMANA SANTA: CEIA

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Continuamos a série de traduções dos textos do padre Cekada acerca da Semana Santa (anteriores aqui: Domingo de Ramos, Ofício de Trevas; posteriores: Sexta-feira Santa e Vigília Pascal). Texto original aqui.

Tradução por Karlos Guedes.

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Quinta-feira Santa: Rito Antigo vs. Rito de 1955

 

PORQUE as cerimônias da Quinta-feira do Missal tradicional consistem principalmente em ritos ligados à Missa, as mudanças introduzidas no Ordo Hebdomadæ Sanctæ não são tão numerosas quanto as dos outros dias da Semana Santa. Continuar lendo

SEMANA SANTA: TREVAS

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Continuamos a série de traduções dos textos do padre Cekada acerca da Semana Santa (anteriores aqui: Domingo de Ramos; posteriores: Quinta-feira Santa, Sexta-feira Santa e Vigília Pascal). Texto original aqui.

Tradução por Karlos Guedes.

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O Ofício de Trevas: Rito Antigo vs. Rito de 1955

 

UMA DAS cerimônias mais dramáticas e místicas da Semana Santa era o canto nas grandes igrejas do Ofício de Tenebræ (“Trevas”) nas noites de quarta, quinta e sexta-feira. Consiste nos Ofícios de Matinas (nove Salmos, nove leituras) e Laudes (cinco Salmos, o Benedictus, uma antífona, Salmo 50 e uma Coleta) do Breviário. Estas Horas são cantadas em uma igreja que vai escurecendo, enquanto as quais quinze velas em um candelabro triangular (tenebrário) são apagadas uma por uma durante o curso da cerimônia. Continuar lendo