A ALEGRIA DO AMOR OU O DESAMOR DO ENGANO

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Segue abaixo a resposta escrita por Sua Excelência Reverendíssima Dom Athanasius Schneider, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Santa Maria em Astana, Cazaquistão, à Exortação Apostólica Amoris Lætitia.

O texto que se segue é a tradução oficial para o português, revisada por Dom Athanasius.

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Amoris lætitia: a necessidade de esclarecimento para evitar uma confusão generalizada

 

O paradoxo de interpretações contraditórias de “Amoris lætitia

A recentemente publicada Exortação Apostólica Amoris lætitia (AL), que contém a pletora de riquezas espirituais e pastorais que dizem respeito à vida no Matrimônio e na família Cristã em nossos tempos, infelizmente, em um curto período de tempo, levou a interpretações muito contraditórias mesmo entre o episcopado. Continuar lendo

O NOVO PAI NOSSO

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No Sermão da Montanha, Nosso Senhor, interpelado por Seus discípulos a que Ele os ensinasse a como bem rezar, ensinou-lhes a oração do Pai Nosso, modelo de toda oração.

Versão latina Moderna tradução para o português

Pater noster, qui es in cælis: sanctificetur nomen tuum: adveniat regnum tuum: fiat voluntas tua, sicut in cælo, et in terra.

Panem nostrum cotidiánum da nobis hodie: et dimitte nobis debita nostra, sicut et nos dimittimus debitoribus nostris. Et ne nos inducas in tentationem, sed libera nos a malo. Amen.

Pai nosso, que estais nos céus, santificado seja o Vosso nome. Venha a nós o Vosso reino; seja feita a Vossa vontade, assim na terra como no céu.

O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.

A tradução literal, que sempre foi usada pelos católicos e alguns protestantes históricos (os anglicanos ainda a utilizam), da parte destacada é: “e perdoai-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”. Continuar lendo

SANTO ANSELMO E O FILIOQUE

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Hoje, dia de Santo Anselmo, publicamos a tradução de um texto, baseado em seus ensinamentos, que defende a doutrina do Filioque.

Texto original aqui.

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Santo Anselmo contra os gregos

 

A questão da processão do Espírito Santo ainda é um pomo de discórdia entre o Oriente grego e o Ocidente latino. Historicamente os gregos ortodoxos têm negado a doutrina conhecida como Filioque (literalmente: «e do Filho»), a convicção cristã latina de que o Espírito Santo procede do Pai e do Filho, como expresso no credo Niceno-Constantinopolitano. Eles rejeitaram e continuam a rejeitar este ensinamento, declarando, em vez disso, que o Espírito Santo procede apenas do Pai. Não têm faltado à Igreja Santos e teólogos brilhantes defendendo a tradição latina. Neste ensaio examinaremos os argumentos de Santo Anselmo de Cantuária contra a posição grega e a favor da dupla processão do Espírito Santo. Falecido em 1109, Santo Anselmo, teólogo rigoroso e um dos mais importantes clérigos de sua época, é considerado um dos pais do movimento escolástico. Continuar lendo

CATECISMO CONTRA OS PROTESTANTES

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Um cisma, que ocorreu pelo orgulho dos homens e que dura até hoje, é o chamado cisma do ocidente, conhecido popularmente por revolta protestante. Uma prova, rasteira é verdade, de que essa revolução religiosa não se tratou de um movimento com origem divina, é a multiplicação de igrejolas de cunho protestante que se alastram pelo orbe.

Reunirei aqui algumas das acusações feitas pelos protestantes contra a verdadeira religião, um ódio que tem sua origem desde o jardim do Éden. Ficará claro que, na verdade, os protestantes odeiam algo que identificam com a Igreja Católica, mas não é a Igreja Católica.

As primeiras objeções seguem os argumentos dum vídeo que pretende refutar a Fé Católica (pregação feita pelo pastor presbiteriano — e calvinista — Augustus Nicodemus). Claro que pretendo acrescentar mais respostas a outras acusações no futuro (e com a sugestão dos leitores).

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O BOM PASTOR

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Pintura de uma catacumba romana do séc. I

«EU SOU o Bom Pastor e conheço as Minhas ovelhas e as que são minhas Me conhecem».

A figura de Nosso Senhor como o Bom Pastor impressiona os católicos desde a Igreja nascente. Isso pode ser atestado pela figura de Cristo, Bom Pastor, já reverenciada no século I.

Aquele que é, conforme Ele próprio revelou (cf. Ex 3,14); Ele é Caridade (cf. 1Jo 4,8); de tal maneira que estes dois nomes — Ser e Caridade — exprimem inefavelmente a mesma divina essência. Assim, Aquele único que é Bom em essência, revela a Sua infinita bondade derramando Seu Sangue e assim resgatando a Sua Igreja, para torná-la pura e sem mancha (cf. Ef 5,27ss).

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