A VITÓRIA DA FÉ

No ano da graça de 1571, a Cristandade encontrava-se em gravíssimo perigo. As hordas maometanas do Império Otomano, inimigas figadais da Fé verdadeira, avançavam implacavelmente sobre a Europa, ameaçando mergulhar o continente nas trevas da infidelidade. Tendo já conquistado a ilha de Chipre com a crueldade que já lhe é costume, sua vasta armada preparava-se para subjugar Roma, o coração da Igreja, e apagar a luz de Cristo do Ocidente.

Diante de tão iminente e funesta ameaça, o Santo Padre, o Papa São Pio V, não confiou apenas nas forças materiais dos príncipes católicos. Com a sabedoria que lhe vinha do Alto, compreendeu que esta era uma batalha primariamente espiritual. Conclamou, pois, toda a Cristandade a uma cruzada de oração. A arma escolhida para este combate não foi a espada, mas sim a mais poderosa das armas espirituais: o Santo Rosário. O Sumo Pontífice ordenou que se realizassem procissões, jejuns e, acima de tudo, que os fiéis recitassem com fervor o Rosário, suplicando a intercessão da Santíssima Virgem, Auxílio dos Cristãos.

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A FILHA PRÓDIGA

«Por amor de Vós somos entregues à morte todos os dias, somos considerados como ovelhas para o matadouro. Levantai-Vos, por que dormis, Senhor? Despertai! Não nos desampareis para sempre. Por que desviais de nós a Vossa face? Por que Vos esqueceis da nossa miséria e da nossa tribulação? Porquanto a nossa alma está humilhada até ao pó, pegado está com a terra o nosso ventre. Levantai-Vos, Senhor, ajudai-nos e resgatai-nos por amor do Vosso Nome» (Sl 43, 23-27).

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O MATRIMÔNIO E O FEMINISMO

A reflexão que exporei neste texto foi concebida depois que, recentemente, fui a dois casamentos, culminando numa pequena tertúlia que também, por coincidência, teve como temática a mesma perícope de São Paulo aos efésios.

Evidentemente, como se deve imaginar, o texto diverge diametralmente do senso comum da sociedade (ou daquilo que querem reformar nela). A ideologia feminista que destrói a distinção no seio familiar entre homem e mulher, distinção essa concretizada no papel de ambos dentro do Matrimônio. Eis o polêmico texto sagrado:

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EPIFANIA DO SENHOR

Na festa da Epifania do Senhor (ou primeira teofania), quatro realidades são destaques: a estrela, o Menino, os Magos e os presentes.
A estrela que ilumina o céu, sinal da manifestação de Cristo. O Menino, Verbo encarnado, que com Sua luz ilumina as trevas (cf. Jo 1,9). Os Magos, vindos do extremo da terra para adorar a Deus. Os presentes: ouro, incenso e mirra.
Assim, a estrela é a Santa Igreja que nos apresenta o Menino; Ele Se encontra nos braços daquela, que com seu consentimento nos deu o Salvador, a sempre Virgem Maria. Os Magos somos nós, os gentios, que apesar de não pertencermos ao povo escolhido, somos chamados a fazer parte da Família de Deus (cf. Hanc igitur, do Canon). E os presentes resumem o Mistério da Encarnação: Rei (ouro), Deus (incenso) e Sacerdote (mirra).
Rei, porque ao rei cabe o ouro, o metal que figura a realeza.
Deus, porque o incenso é queimado em Sua honra, o odor da santidade divina.
Sacerdote, porque a mirra é usada no sepultamento, o perfume da boa morte, morte em sacrifício pelos pecados dos homens.

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NATIVIDADE DE NOSSO SENHOR SEGUNDO A CARNE

No cinco milésimo centésimo nonagésimo nono ano da criação do mundo, quando no princípio Deus criou o céu e a terra; do dilúvio, o dois milésimo nongentésimo quinquagésimo sétimo ano; do nascimento de Abraão, dois milésimo décimo quinto ano; de Moisés e da saída do povo de Israel do Egito, o ano milésimo quingentésimo décimo; do ano em que Davi foi ungido rei, milésimo trigésimo segundo; na sexagésima quinta semana, segundo a profecia de Daniel; na centésima nonagésima quarta olimpíada; da fundação de Roma, o ano septingentésimo quinquagésimo segundo; no quadragésimo segundo ano do império de Otaviano Augusto, estando o mundo em paz, na sexta idade do mundo, Jesus Cristo, Eterno Deus e Filho do Pai eterno, querendo consagrar o mundo com Seu piedosíssimo advento, concebido do Espírito Santo, e transcorridos nove meses depois da Sua conceição NASCE EM BELÉM DE JUDÁ, DA VIRGEM MARIA, FEITO HOMEM. A Natividade de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo a carne (Martirológio Romano).

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