
No ano da graça de 1571, a Cristandade encontrava-se em gravíssimo perigo. As hordas maometanas do Império Otomano, inimigas figadais da Fé verdadeira, avançavam implacavelmente sobre a Europa, ameaçando mergulhar o continente nas trevas da infidelidade. Tendo já conquistado a ilha de Chipre com a crueldade que já lhe é costume, sua vasta armada preparava-se para subjugar Roma, o coração da Igreja, e apagar a luz de Cristo do Ocidente.
Diante de tão iminente e funesta ameaça, o Santo Padre, o Papa São Pio V, não confiou apenas nas forças materiais dos príncipes católicos. Com a sabedoria que lhe vinha do Alto, compreendeu que esta era uma batalha primariamente espiritual. Conclamou, pois, toda a Cristandade a uma cruzada de oração. A arma escolhida para este combate não foi a espada, mas sim a mais poderosa das armas espirituais: o Santo Rosário. O Sumo Pontífice ordenou que se realizassem procissões, jejuns e, acima de tudo, que os fiéis recitassem com fervor o Rosário, suplicando a intercessão da Santíssima Virgem, Auxílio dos Cristãos.
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