
A Santa Missa é o centro do vida da Igreja. É a atualização do mistério da Redenção [1]. Ora a Redenção vicária operada por Nosso Senhor teve como escopo não apenas a salvação dos homens [2], mas quis Ele dar a Deus o mais alto grau de culto.
Enquanto culto a Deus, a Redenção operada na Cruz contempla os fins da Liturgia que foram expostos anteriormente: latrêutico, eucarístico e impetratório. Mas a Redenção também comporta outro fim exclusivo: propiciatório ou expiação.
- O homem pecou. A sua culpa exasperou a divindade. E o seu culto, até então amor inocente que adorava, agradecia e pedia, é agora amor arrependido que expia, para com o abismo da sua miséria excitar o abismo da misericórdia de Deus e tornar propícia a imensa bondade divina que vem levantar a imensa degradação da criatura.
O ato que reúna em si esta quádrupla finalidade, será, sem contestação alguma, o ato principal da virtude da religião: tal ato é, pois, o Sacrifício.
Se o ato for instituído pelo Fundador da sociedade eclesial e publicamente oficiado pela hierarquia será o principal ato da Liturgia: tal ato é a Santa Missa.
Por corolário, o Santo Sacrifício da Missa é o culto perfeito [3].
________________
Notas,
[1] Um aprofundamento sobre o Sacrifício da Missa pode ser lido aqui. Igualmente sobre o Augusto Sacramento da Eucaristia aqui.
[2] A Redenção é mais explicada aqui.
[3] Tendo terminada a diferenciação entre Liturgia, Rito e Missa, quando usarmos os expressões de modo menos preciso, que o leitor entenda e não confunda termos. É, portanto, comum se usar “Missa Nova” querendo se dizer, na verdade, “Rito Novo”. Pois que, sendo a Missa a atualização do Sacrifício da Cruz, não existe Missa nova ou antiga.