Todos os Santos de Deus, rogai por nós.
A Santa Igreja determinou que seus filhos celebrassem os Santos. Mas que Santos celebramos hoje? O grandioso exército dos Santos anônimos, que não foram canonizados e muitas vezes desconhecemos.
Claro que existem aquelas pessoas em nossas vidas que temos certeza que gozam da visão de Deus, Nosso Senhor, e, mesmo assim, não foram canonizados.
Ser Santo, neste sentido que a Igreja nos propõe, é gozar da visão de Deus. De fato há vários irmãos nossos que apenas Deus conhece a devoção (cf. Rito Gregoriano, Cânon da Missa, oração Memento [dos vivos]) e o número, cuja vida agora é estar na presença da preclara majestade de Deus.
A Santa Igreja, pois, não vê como suficiente a honra feita aos canonizados, mas ciente da necessidade e da utilidade para nós, prevê a festa de hoje. A Esposa de Cristo impõe-nos que essa honra se dê a esses Santos pela Missa, pois quando exaltando seus méritos, exaltamos os dons divinos (cf. Prefácio dos Santos e Patronos – galicano).
Essa festa é-nos necessária porque nossa homenagem lhes serve de honra e, por outro lado, eles se dignam a interceder por nós a Nosso Senhor (cf. Rito Gregoriano, Oração Suscipe, Sancta Trinitas, última oração do ofertório).
Essa festa ainda é-nos útil porque nos Santos temos o exemplo de conduta, a união na Comunhão dos Santos, a esperança de um dia, como eles, mesmo nos faltando aquela virtude em grau heroico, nos juntarmos a louvar o Senhor, como São Gabriel que «assiste diante de Deus» (Lc 1,19) e recebermos a coroa da glória (cf. Prefácio dos Santos e Patronos).
Assim, tendo tão numerosos patronos, passemos com parcimônia pelas agruras do século.
Por fim, admiti, ó Santos de Deus, que nossos louvores se juntem aos vossos a fim de que o Senhor Se digne atender-nos. Amém.
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PUBLICADO: 4 novembro 2012